Conheça mais a Insuficiência Renal Crônica









Os rins podem ser afetados por diversas doenças progressivas que destroem néfrons em número suficientes para conduzir à IRC. Algumas dessas doenças são: glomerulopatia primária, pielonefrites, doenças vasculares, diabetes mellitus, entre outras (JÙNIOR, 1988).

Na maioria das vezes a IRC é diagnostica quando o paciente já alcançou estado avançado da doença. Os primeiros sintomas são geralmente tardios, inespecíficos, inconstantes e despercebidos pelo paciente, instalando-se lentamente e tomando assento aos poucos (JÙNIOR, 1988).
Características da IRC, segundo MANDAL (1993) são:
-Doença renal associada à insuficiência renal;
-Deterioração comprovada progressiva e crônica das provas de função renal;
-Tolerância a azotemia avançada, neuropatia, oligúria apenas nos estágios terminais;
-Anemia normocítica e normocrômica;
-Presença de osteodistrofia renal, rins pequenos em radiografia.

Quando é confirmado o diagnóstico de IRC é primordial uma pesquisa diligente dos fatores agravantes desta e potencialmente reversíveis. Os seguintes fatores podem atuar de forma aguda ou insidiosa:
-Circulatórios: insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão e depleção do volume extracelular;
-Obstrução do trato urinário;
-Infecção do trato urinário;
-Distúrbios eletrolíticos: hipercalcemia, hipopotassemia;
-Nefrotoxinas.

De uma forma geral, a evolução da IRC pode ser dividida em quatro partes (JÙNIOR, 1988):

1) Latente: paciente conserva até 40% da taxa de filtração glomerular, sendo as capacidades excretória e endócrina renais suficientes para mantê-lo livre de sintomas;

2) A filtração glomerular está entre 40-25% do normal, com comprometimento renal e hipertensão arterial e anemia;

3) Descompensação: a filtração glomerular se reduz a menos de 25% com agravamento da hipertensão e da anemia, acidose metabólica, hiperfosfatemia e hipocalcemia, e

4) A filtração glomerular é menos de 5-10% do normal. Caracterizado por um conjunto de sinais e sintomas que constituem a síndrome urêmica.

Três características da fisiopatologia renal são importantes para o tratamento da IRC (MANDAL,1993) :

1) Função Renal na IRC: pacientes com IRC atingem uma homeostase por não conseguirem reduzir a carga de cada soluto individual excretado pelos rins. Esta é a hipótese do distúrbio primário na IRC. Com a redução do número de néfrons funcionantes a carga excretora não diminui, cada néfron funcionante lida com uma carga excretora maior que o normal, alterando a função tubular.

2)Mecanismo de deterioração da função renal: relação entre a ingesta protéica (incluindo também o fósforo e os lipídeos) e o maior fluxo sanguíneo ou velocidade de filtração glomerular.

3) Patogênese das manifestações da IRC: os sinais e sintomas que caracterizam a IRC são atribuídos a:

-distúrbios quantitativos do equilíbrio de soluto e de água que provocarão edema, hipertensão e sobrecarga ventricular esquerda, hiponatremia, hiperpotassemia, acidose metabólica crônica, osteordistrofia renal.
-retenção de produtos nitrogenados que causam a síndrome urêmica.
-Anormalidades hormonais.
-Deficiência de nutrientes específicos como por exemplo, o zinco.

As manifestações clínicas da IRC mantém uma correlação grosseira com o grau de comprometimento funcional. Algumas são:

-Distúrbios hidroeletrolíticos: edema, hipertensão, ICC, hipotensão ortostática.
-Distúrbios de cálcio-fósforo: necrose tecidual, miopatia urêmica, calcificação de tecidos moles, osteodistrofia renal.
-Anormalidades metabólicas: resistência a insulina, hiperlipidemia, disfunção sexual.
-Anormalidades orgânicas: pele (prurido, uremia), gastrintestinal (náuseas, vômitos, gastrite, colite), cardiovascular (pericardite, hipertensão), pulmonar (calcificação pulmonar) e neurológico (neuropatia central e periférica) .

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