Parto normal é mais seguro para bebês prematuros, diz estudo


 Bebês muito prematuros nascidos através de parto normal apresentam menos complicações respiratórias em comparação com os nascidos através de cesariana. Isso é o que diz um estudo realizado pela Johns Hopkins School of Medicine, nos Estados Unidos, e publicado dia 9 de abril no periódico note-americano Obstetrics & Gynecology.

Os pesquisadores detectaram que, independente do motivo pelo qual foi optado pelo parto cesariana, o parto normal mostrou-se mais seguro. A suspeita é de que o trabalho de parto, as contrações e o esmagamento natural ajudem a limpar os pulmões dos bebês, permitindo-lhes um melhor status respiratório ao nascimento.

Nesta pesquisa, foram analisados prontuários médicos de 20.231 bebês nascidos em Nova Iorque entre 1995 e 2003. Todos eles tinham entre 24 e 34 semanas de gestação no momento do nascimento (a gestação normal dura entre 37 e 42 semanas). Dois terços (13.487) dos bebês haviam nascido por parto normal.

Depois de analisar dados como idade materna, raça e outras condições de saúde, os pesquisadores encontraram que 39% os bebês nascidos através de cesariana apresentaram problemas respiratórios, enquanto 26% dos bebês nascidos através de parto natural tiveram os mesmos problemas.

A incidência de cesarianas está em ascendência. Dados do U.S. Centers for Disease Control and Prevention, mostram que o número de cesáreas saltou de um em cada cinco, em 1996, para ume em cada três, em 2010, nos Estados Unidos. No Brasil, A taxa nacional de cesarianas é de 39% e em todos os estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste esse índice é superior a 40%, segundo dados de 2002 do Sistema de Informações de Nascidos Vivos (Sinasc). Há circunstâncias, como sangramento materno, em que o parto cesárea está indicado. No entanto, de acordo com os pesquisadores, não há muita informação quanto à indicação de tipo de parto para bebês prematuros, geralmente mais frágeis que bebês nascidos no tempo certo.

Hábitos que favorecem o parto prematuro

Ter um bebê antes do tempo não envolve apenas os transtornos de correr para a maternidade quando menos se espera. Um parto prematuro envolve uma série de riscos para a saúde da criança. Em geral os partos prematuros estão relacionados a diversos fatores de risco, principalmente relacionados a hábitos de vida. Conheça os principais, para evitar que esse problema ocorra na sua gravidez.

Tabagismo

Este é um dos hábitos mais criticados em mulheres grávidas. "O fumo prejudica a circulação uteroplacentária que causa uma menor oxigenação fetal", relata Roberto Eduardo Bittar. A diminuição do oxigênio que chega ao bebê faz com seu crescimento se torne mais restrito, o que gera uma interrupção prematura da gestação, ou seja, a mulher entra em trabalho de parto antes da hora. Além disso, o tabaco reduz a inativação de um fator que está envolvido no início e na manutenção do trabalho de parto, adiantando todo o processo. De acordo com especialista em medicina fetal Silvia Herrera, o fumo que é fator de risco para o parto prematuro quando continuado ao longo dos nove meses. "As mulheres que fumam e descobrem que estão grávidas, mas abandonam o vício imediatamente no início da gravidez não correm os mesmos riscos", explica a médica.

Grávida se alimentando bem - Foto: Getty Images

Desnutrição

Futuras mães que não se alimentam de forma adequada durante a gravidez também colocam seus bebês em risco. Principalmente se surgirem casos de anemia durante este período. Ao consumir poucos dos nutrientes essenciais, não só a mulher se prejudica, como a criança: pode haver uma restrição do crescimento do feto também. "Isso aumenta risco de sofrimento fetal e morte, o que leva a interrupção da gestação antes do tempo", ensina a especialista em medicina fetal Silvia Herrera. Os nutrientes como ácido fólico, vitamina C, cálcio, magnésio, potássio, ferro, entre outros, são considerados essenciais para a saúde da gestante e do feto. Veja aqui quais são as fontes e as doses recomendadas destes nutrientes. 

Mulehr e peso - Foto: Getty Images

Obesidade

Por outro lado, mulheres obesas também trazem riscos à duração da gestação. No caso, o dano é maior quando elas já apresentam o índice de massa corporal (IMC) muito acima do aconselhado antes da gravidez. "Há maior risco de existirem quadros como diabetes e hipertensão arterial, que contribuem para a prematuridade", salienta o obstetra Roberto Eduardo Bittar. A alta da pressão arterial, por exemplo, causa um envelhecimento precoce da placenta, impedindo a chegada dos nutrientes para o bebê. 

Gravidez e álcool - Foto: Getty Images

Álcool

A bebida alcoólica também não tem uma boa relação com a gravidez. "O mecanismo específico de como o álcool causa trabalho de parto prematuro é desconhecido, mas além de aumentar risco de infecções, ele causa o descolamento prematuro de placenta", comenta a obstetra Silvia Herrera. Como se isso não bastasse, esse macronutriente é passado diretamente para o feto na placenta, fazendo com que ele tenha todos os efeitos no sistema circulatório do bebê também. E muitas vezes o hábito de beber também está relacionado à má alimentação. 

Estresse na gravidez - Foto: Getty Images

Estresse

Hábitos que cultivam o estresse só pioram o risco do trabalho de parto se iniciar antes da hora. E a culpa disso tudo é dos hormônios ativados por esse quadro emocional. "A elevação da noradrenalina e do cortisol, que está presente nesses casos, desencadeia contrações uterinas", ressalta o obstetra Roberto Bittar. Isso porque essas substâncias estão ligadas ao processo hormonal do parto. Por isso mesmo, vale a pena combater esse mal, encontrando pausas de descanso, praticando atividade física e cuidando de si.

Grávida bebendo água - Foto: Getty Images

Desidratação

A redução de líquido amniótico também pode causar um parto prematuro, até porque é uma condição que prejudica questões o crescimento do feto, como o desenvolvimento de seus pulmões, por exemplo. Muitas vezes essa redução ocorre por algum problema na troca entre a mãe e o bebê, aí não há o que se possa fazer. Mas consumir pouca água também pode ajudar a deixar esse líquido menor. "A ingestão de 2 a 3 litros de água por dia poderia evitar essa redução", ensina a obstetra Silvia Herrera.

Grávida comendo açúcar - Foto: Getty Images

Abuso de açúcar

Durante a gestação, a placenta produz hormônios que bloqueiam em parte a ação da insulina no corpo, hormônio que atua na retirada da glicose do sangue. Isso pode gerar um quadro chamado de diabetes gestacional, e consumir grandes quantidades de açúcar, principalmente o de adição, não ajuda em nada na prevenção do problema, que está ligado também a partos prematuros. "Acredita-se que esse excesso de glicose gera um aumento do feto e do líquido amniótico, causando uma extensão do útero. Quando esses músculos se expandem muito, o trabalho de parto pode se desencadear mais cedo, mas isso é apenas uma teoria", ressalta a obstetra Silvia Herrera. 




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