Fisioterapia nas disfunções sexuais
A sexualidade de um individuo, segundo a organização mundial de saúde (OMS), define-se como sendo as suas preferências, predisposições ou experiências sexuais, na descoberta de sua identidade e atividade sexual, num determinado período de sua existência. A sexualidade refere-se ao plano psicológico de um individuo. De fato, a sexualidade de um individuo pode ser fortemente afetado pelo ambiento sociocultural e religioso em que ele se insere [3].
As disfunções sexuais seriam então, um fenômeno psicossomático traduzindo um desvio da normalidade sexual. E se tratando de sexo, como conceituar normalidade e disfunção. Não se pode pensar na sexualidade humana sem discutir os aspectos sócio-historicos-cultural que a envolvem, e de certa forma, determina o que é normal e o que é disfuncional.
A definição aceita é a de que, uma relação sexual normal é aquela cuja atividade são aceitáveis e agradáveis a ambos os parceiros sem que haja degradação ou exploração de qualquer um dos lados. E define-se disfunção sexual como um conceito estruturado a partir de uma queixa de insatisfação em relação a expectativas que um individuo tem quanto ao nível de prazer obtido em uma atividade sexual.
Então ressaltamos que numa disfunção sexual ocorre dificuldades de ter ou manter cada uma das fases da resposta sexual, (excitação, platô, orgasmo e resolução). [3].
Consideramos que as causas psicogênicas podem estar presentes com fatores educacionais, familiares, psíquicos profundos e também com a ansiedade de desempenho, que é quando a pessoa, por uma ansiedade muito grande de desempenho da sexualidade, ou seja, de desempenho sexual, acaba inibindo a resposta sexual, levando a uma dificuldade na vivencia da sexualidade. Causas orgânicas relacionadas a esta fase podem ser o uso de medicações, as deficiências hormonais (climatério) e as doenças sistêmicas [3].
Visto no decorrer desse relato a importância da musculatura do períneo para que a mulher possa ter bons resultados satisfatória durante sua relação sexual.
Os músculos do assoalho pélvico participam da atividade sexual feminina, são eles músculos bulboesponjoso e isquiocavernoso, quando se contraem contribui para intensificar o desejo sexual e o orgasmo. [3].
Os músculos elevadores do ânus também contribuem com uma remodelação para o mesmo. [3].
Podemos citar as cincos classes das disfunções sexuais, segundo Berman et al. (2003).
1- Desordem do desejo sexual hipoativo – consiste na redução ou ausência da libido.
2- Desordem de aversão sexual – consiste na abstinência sexual completa.
3- Desordem de excitação sexual – excitação insuficiente e/ou inadequada.
4- Desordem orgasmica – dificuldade persistente ou recorrente e /ou atraso para atingir, ou ausência, de orgasmo.
5- Desordem de dores sexuais:
a)- dipareumia: dor genital recorrente ou persistente associada ao intercurso sexual.
b)-vaginismo: espasmo muscular involuntário persistente ou recorrente
A disfunção sexual o vaginismo e a dispareunia já são abordadas pelo fisioterapeuta, sendo que hoje o fisioterapeuta tem uma vasta atuação e um trabalho eficiente para o alivio da dor e melhora do desempenho sexual. [3].
O fisioterapeuta deve preocupar-se em realizar uma avaliação minuciosa englobando anamnese detalhada, avaliação postural e toque bidigital. Seu trabalho deve ser extremamente importância a escuta dessa paciente, pois a mesma deve se sentir segura e livre para poder expressar todos os seus problemas. Durante esses atendimentos realizado com M.D.C. M, percebe-se que a mesma tem dificuldade em relatar seus problemas sexuais.
Devido a sua dificuldade, procurei de forma gentil ouvi-la e orientando a mesma com novidades para melhorar sua relação sexual com seu esposo. Durante o tratamento houve evolução positiva da paciente, posso afirmar que a fisioterapeuta é o alvo importante para o tratamento de incontinência urinaria e disfunção sexual. Claro que o fisioterapeuta deve estar apto e com uma grande bagagem de conhecimentos sobre os problemas citados, proporcionando elaborando e modificando várias técnicas as quais devem ser aplicadas ao tratamento. Assim podemos melhorar e muito a qualidade de vida dessas mulheres com disfunções sexuais, sendo ela de qualquer origem.
Fonte
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