Disfunções urogenitais são comuns em mulheres?
A área da fisioterapia em uroginecologia ainda é pouco conhecida, mas vem ganhando interesse da comunidade de acordo com os resultados positivos obtidos no tratamento de alterações que podem afetar a saúde urogenital da mulher.
Durante a vida, a mulher passa por fases em relação ao seu sistema urogenital que podem predispô-la a alterações. Por exemplo, durante a gestação pode haver uma sobrecarga do períneo, e a queda hormonal após a menopausa pode levar as estruturas musculares a se enfraquecerem.
A musculatura do períneo oferece sustentação a órgãos como útero e bexiga, e se em algum momento esta musculatura se apresentar fraca, alterações como a incontinência urinária ou fecal podem aparecer.
Após avaliação das causas da disfunção urogenital, a fisioterapia atua devolvendo a integridade da condição muscular perineal. Mesmo nos casos em que há necessidade também de correção cirúrgica, é importante o fortalecimento muscular para que não haja recorrência do problema inicial.
A incontinência urinária é a perda involuntária de urina durante a realização de um esforço, tosse, espirro, riso ou até mesmo ao ouvir barulho de água. A especialidade da uroginecologia dispõe de uma avaliação muscular específica para cada caso de incontinência urinária.
De acordo com cada caso, procede tratamento associando recursos como exercícios perineais específicos, indicação do uso de cones vaginais, conscientização da musculatura e também eletroestimulação quando a mulher já não apresenta força muscular suficiente para contrair o períneo.
Outras queixas que a uroginecologia também pode tratar são as relacionadas com a conhecida TPM, cólica menstrual aguda, endometriose e a dor ou desconforto durante a relação sexual. Nestes casos, a fisioterapia pode orientar técnicas e exercícios específicos para o alívio dos sintomas destas afecções.
No dia-a-dia, a mulher pode adotar hábitos que ajudam a manter a boa saúde urogenital de forma a amenizar ou prevenir alterações que podem se instalar.
Mitos e Verdades
- Mito: acreditar que a mulher, após a menopausa, desenvolverá algum grau de incontinência urinária, pois esta só se justifica havendo algo errado. Portanto, a incontinência urinária não é normal em idade alguma.
- Verdade: um bom trabalho de fortalecimento da musculatura perineal, além de tratar ou prevenir a incontinência urinária, traz também melhora da qualidade da função sexual.
Adriana Paula Fontana Carvalho, docente da área de fisioterapia aplicada à ginecologia e obstetrícia e mestre em medicina e ciências da saúde
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Durante a vida, a mulher passa por fases em relação ao seu sistema urogenital que podem predispô-la a alterações. Por exemplo, durante a gestação pode haver uma sobrecarga do períneo, e a queda hormonal após a menopausa pode levar as estruturas musculares a se enfraquecerem.
A musculatura do períneo oferece sustentação a órgãos como útero e bexiga, e se em algum momento esta musculatura se apresentar fraca, alterações como a incontinência urinária ou fecal podem aparecer.
Após avaliação das causas da disfunção urogenital, a fisioterapia atua devolvendo a integridade da condição muscular perineal. Mesmo nos casos em que há necessidade também de correção cirúrgica, é importante o fortalecimento muscular para que não haja recorrência do problema inicial.
A incontinência urinária é a perda involuntária de urina durante a realização de um esforço, tosse, espirro, riso ou até mesmo ao ouvir barulho de água. A especialidade da uroginecologia dispõe de uma avaliação muscular específica para cada caso de incontinência urinária.
De acordo com cada caso, procede tratamento associando recursos como exercícios perineais específicos, indicação do uso de cones vaginais, conscientização da musculatura e também eletroestimulação quando a mulher já não apresenta força muscular suficiente para contrair o períneo.
Outras queixas que a uroginecologia também pode tratar são as relacionadas com a conhecida TPM, cólica menstrual aguda, endometriose e a dor ou desconforto durante a relação sexual. Nestes casos, a fisioterapia pode orientar técnicas e exercícios específicos para o alívio dos sintomas destas afecções.
No dia-a-dia, a mulher pode adotar hábitos que ajudam a manter a boa saúde urogenital de forma a amenizar ou prevenir alterações que podem se instalar.
Mitos e Verdades
- Mito: acreditar que a mulher, após a menopausa, desenvolverá algum grau de incontinência urinária, pois esta só se justifica havendo algo errado. Portanto, a incontinência urinária não é normal em idade alguma.
- Verdade: um bom trabalho de fortalecimento da musculatura perineal, além de tratar ou prevenir a incontinência urinária, traz também melhora da qualidade da função sexual.
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