Principais Disfunções Sexuais Masculinas

Disfunção Erétil

    Estudos, em diversos países, revelam que a Disfunção Erétil atinge mais de 100 milhões de homens em todo o Mundo. A despeito deste enorme quantitativo, o paciente com problemas de ereção sente-se completamente só.

    O homem, em razão contexto sócio-cultural em que foi criado, apresenta dificuldades em conversar sobre seu problema até mesmo e principalmente com sua própria companheira, diante da qual sente-se diminuído. Com os amigos, vítimas do mesmo tipo de postura, a resposta recebida, certamente, será de galhofa e depreciação. O medo e a vergonha infundada de sua condição dificulta o acesso deste homem, até mesmo, ao especialista.

     Causas da Disfunção Erétil

    As causas da disfunção erétil podem ser divididas em três grandes grupos:

Orgânicas

Psicogênicas

Mistas

    Torna-se oportuno ressaltar que os distúrbios da ereção ocorrem, com maior freqüência, a medida que o indivíduo envelhece, todavia não são devidos apenas a idade . O fato pode ser bem compreendido quando se entende que várias doenças que favorecem ao aparecimento da disfunção erétil ocorrem com maior incidência em pessoas com idade mais avançada.

    Principais Causas Orgânicas

    A ereção peniana é um fenômeno dependente de vários fatores e envolve os sistemas nervoso, endócrino, vascular e tecidual dos corpos cavernosos. Assim sendo, alterações em qualquer um desses fatores podem contribuir pelo menos em parte para a disfunção erétil .   

    Lesões ou distúrbios vasculares que prejudiquem a perfeita circulação do sangue no pênis.

    A doença arterial oclusiva de etiologia aterosclerótica ou traumática do sistema vascular pélvico e peniano diminui o fluxo sangüíneo e reduz sensivelmente a ereção peniana.

    Alterações nos nervos que conduzem os estímulos sexuais até o pênis. Enfermidades ou condições que afetam o sistema nervoso, tais como o alcoolismo e diabetes melito , podem causar disfunção erétil. Alem disso, lesões na medula espinhal, cirurgias e radioterapia pélvica destroem fibras nervosas, com prejuízo da função eretiva.

    Alterações na produção de hormônios , como por exemplo a diminuição dos níveis sangüíneos da testosterona (produzida nos testículos) levando a diminuição do interesse pela atividade sexual.

    Alterações anatômicas e fisiológicas dos corpos cavernosos , impedindo que os mesmos se dilatem adequadamente para promover a ereção. Os corpos cavernosos são estruturas cilíndricas, localizadas no corpo do pênis, que ao recebem sangue e mantê-lo sob pressão, promovem a ereção.  

    Causas Psicogênicas

    Tem seu mecanismo de atuação relacionado com a inibição central do processo da ereção, de fundo emocional e sem a participação de nenhum componente orgânico.  

    Diversos fatores emocionais tais como: o stress, a ansiedade, o medo de falhar, a vergonha, problemas familiares, problemas financeiros , entre outros, podem ser responsáveis pela disfunção erétil, em diversos graus, incluindo problemas de ejaculação precoce.

    A preocupação excessiva do indivíduo com sua performance sexual também pode levar 
a disfunção erétil. O homem com disfunção erétil se isola com o seu problema.

    O receio e a vergonha de falhar mais uma vez, acabam por levar o homem a se abster de qualquer contato sexual, conduzindo-o a um ciclo vicioso que o afasta cada vez mais da cura.

     Causas Mistas

    Compreendem a combinação de fatores orgânicos e emocionais.

    Após passar por sucessivos fracassos ao tentar a relação sexual, a sensação de inferioridade experimentada pelo indivíduo vai provocar um enorme impacto psicológico. O ciclo  vicioso criado torna cada vez mais difícil a possibilidade de resolver sozinho o problema.

    Em se tratando de ereção , expressão máxima da masculinidade , relacionada por conceitos de nossa sociedade, a força e potência em seu sentido mais amplo, torna-se extremamente raro que um paciente com uma causa orgânica, qualquer que seja, não acabe apresentando, também, um comprometimento emocional.

    Fatores que favorecem a disfunção erétil

    A disfunção erétil é um quadro clínico associado a vários fatores de risco, entre os quais destacamos:  

    Doenças Crônicas, tais como: arteriosclerose, hipertensão arterial, Insuficiência renal, insuficiência hepática, insuficiência coronariana, doenças endócrinas como diabetes e depressão. Quanto mais profundo o estado de depressão, maior a incidência da disfunção erétil.

    Cirurgias realizadas na pelve, levando ao comprometimento dos nervos que conduzem os estímulos responsáveis pela ereção. Como exemplo citamos: cirurgias em que são retiradas a bexiga e a próstata em caso de tumores; cirurgias que exigem a retirada do intestino reto e anus, também em caso de tumores ; cirurgias de aneurismas e enxertos na artéria aorta ; entre outras.

    Traumas que afetem a medula espinhal, impedindo a transmissão dos impulsos nervosos.

    O tratamento tumores malignos com irradiação da pelve também provoca o comprometimento dos nervos envolvidos no processo de ereção.

    Medicamentos : Determinadas drogas têm como efeito colateral a interferência no processo de ereção através de mecanismos diversos. Atualmente acredita-se que 25 % dos casos de disfunção erétil são devidos ao uso de medicamentos. Dentre os medicamentos que interferem na capacidade eretiva destacam-se alguns dos utilizados para tratamento de Câncer de próstata, hipertrofia benigna da próstata, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, ulcera péptica, entre outros.

    Fumo, abuso do álcool e o uso de drogas comprometem a ereção em razão dos damos causados ao aparelho circulatório e sistema nervoso em geral.   
 

Ejaculação Precoce

    
    Ejaculação precoce pode ser definida como aquela que ocorre em um curto espaço de tempo após a ereção plena ou até mesmo antes que essa aconteça. O termo descontrole ejaculatório é o mais adequado, uma vez que, o problema maior é a insatisfação gerada pela impossibilidade de conter a ejaculação até o momento desejado. O espaço de tempo a ser considerado, é aquele suficiente para que ambos os parceiros possam obter o prazer na relação.

    Com relação ao período de tempo que decorre desde o início do ato sexual até a ejaculação, não existe um valor estabelecido que seja considerado o "normal".

    Não podemos deixar de lembrar que o tempo decorrido desde o início dos estímulos sexuais até o orgasmo, assim como nos homens, também varia de mulher para mulher.

    Existem casais em que o homem ejacula rapidamente, porém a mulher também é capaz de atingir o orgasmo em um curto período de tempo de penetração. Nestes casos a questão da ejaculação precoce não é percebida e o casal pode manter durante anos uma atividade sexual considerada satisfatória. Se ocorrer a dissolução desta união, ao estabelecer uma nova relação com outra parceira, cuja tempo necessário para atingir o orgasmo seja maior, o homem passará a ser afligido pelo problema da ejaculação precoce.

    A ejaculação precoce pode atingir homens de todas as idades, em um número bem maior do que o leitor possa imaginar.

    Apenas para ilustração, segundo Kinsey, 75% dos homens ejaculam nos primeiros dois minutos após a penetração.

    Alguns autores, entre eles Helen Kaplan, são da opinião que o homem pode exercer um controle voluntário sobre a ejaculação. Tal pressuposto encontra amparo, até mesmo, em milenares técnicas hindus, onde, segundo relatos, os praticantes conseguiriam chegar ao orgasmo, repetidas vezes sem ejacular.

    A ejaculação precoce seria então uma condição na qual o homem não é capaz de exercer um certo controle sobre o reflexo ejaculatório. 

    O Processo de Ejaculação

    A ejaculação é a saída do sêmen, através do orifício da uretra, que ocorre ao final da relação sexual ou da masturbação. A ejaculação pode ocorrer também em situações involuntárias como, por exemplo, durante o sono, em decorrência de um sonho erótico. Geralmente a ejaculação se apresenta associada ao orgasmo, porém pode existir orgasmo sem ejaculação e ejaculação sem orgasmo.

    No homem, a ejaculação é um ato reflexo, ou seja, uma resposta automática, desencadeada por um estímulo. 

    A forma como ocorre a saída do esperma pela uretra é variável, em intensidade, de indivíduo para indivíduo. Em alguns, a força do jato impulsiona o líquido à distância. Em outros o material ejaculado apenas escorre para fora do Pênis. Tais variações, que nada tem a ver com potência ou maior capacitação para obter prazer durante a atividade sexual. A intensidade da ejaculação depende do nível de excitação do indivíduo, da sua idade, das condições da próstata e vesículas seminais e certamente de uma série de outros fatores que ainda não conhecemos.

    Causas da Ejaculação Precoce

    Existem várias teorias e conseqüentemente poucas certezas sobre as causas da ejaculação precoce. Porém, tudo leva a crer que, ao contrário do que ocorre na falta de ereção, a grande maioria dos casos a ejaculação precoce tem origem emocional.

    Ao longo do tempo, diversas situações têm sido apontadas como desencadeantes de um quadro de ejaculação precoce, incluindo desde associações com a micção até conceitos oriundos da Teoria Psicanalítica.

     Não podemos deixar de atentar para o fato de que a ejaculação é um reflexo, e como tal está sujeita a um condicionamento ou "aprendizado". Adolescentes, ao se masturbarem escondido, com medo de serem percebidos, se condicionam a um orgasmo rápido.  Uma situação semelhante pode ocorrer na iniciação sexual do rapaz. Relações com as namoradas, em situações onde existe o medo de ser surpreendido por alguém, também exigem um "desempenho" rápido.

    O temor, a ansiedade e a inexperiência do rapaz em sua primeira relação sexual podem ser agentes causadores de uma ejaculação precoce. Se os resultados desta experiência forem superestimados podem levar a uma repetição do quadro, em relações futuras.

    Dificuldades no relacionamento do casal, tais como: ressentimentos, rancores, infidelidade descoberta, posturas competitivas, insegurança, desgaste afetivo da relação, entre outras, podem levar ao aparecimento da ejaculação precoce, em um homem anteriormente normal. Os pacientes relatam que a relação sexual se torna constrangedora ou até mesmo desagradáveis. Neste caso parece-me, bastante provável a existência de um sentimento involuntário de terminar a relação sexual, o mais rapidamente possível.

    Em relação à possibilidade da parceira engravidar, são mencionados fatores causais da ejaculação precoce em seus dois extremos. No primeiro, a prática da interrupção do coito, antes da ejaculação, como método anticoncepcional poderia levar à ejaculação precoce. No outro extremo, teríamos a excessiva pressão psicológica causada pela obrigatoriedade da relação sexual em dias predeterminados, com o objetivo de engravidar.

    A fácil entender que, cobranças ou demonstrações de insatisfação da parceira em relação ao problema, invariavelmente agravam o quadro.

    Em última análise, todos os fatores geradores de ansiedade podem levar ao desencadeamento da ejaculação precoce.            

    As causas orgânicas da ejaculação precoce são raras e geralmente devidas a infecções e processos inflamatórios da próstata e da uretra, além de certas doenças que comprometem o sistema nervoso. Nos casos de lesões cutâneas que afetem, principalmente à glande, a ejaculação precoce pode ser provocada pelo aumento da sensibilidade.

 

Ejaculação Retardada

A demora em atingir o orgasmo acompanhado da ejaculação também pode ser motivos de inadequação do casal.

    Sua origem pode estar na ansiedade e angustia que atuariam impedindo que o homem consiga relaxar ou em processos orgânicos que levem ao comprometimento do sistema nervoso.

    Com o aumento da idade, é normal que o tempo decorrido desde o início da atividade sexual até a ejaculação também aumente.

 

Falta de Desejo

    A diminuição da libido, no homem,  está ligada principalmente ao uso de determinados medicamentos e drogas

    Como vimos, doenças agudas e crônicas com comprometimento do estado geral do indivíduo levarão obviamente a uma diminuição do interesse pela atividade sexual. 

    Doenças endócrinas que alterem os níveis de testosterona (hormônio sexual masculino) podem cursar com diminuição da libido. Da mesma forma atuariam as cirurgias que levem à retirada dos testículos.

    É fácil entender que a deterioração do relacionamento afetivo do casal compromete diretamente o desejo sexual.

 

Falta de Orgasmo

    Retardo ou ausência do orgasmo estão relacionadas principalmente as doenças neurológicas levando ao comprometimento da transmissão dos estímulos sexuais.

    Como já foi mencionado, é sabido que o uso de determinadas substâncias tóxicas podem retardar ou abolir o orgasmo.

    A ansiedade e a preocupação exagerada com o desempenho sexual seriam as principais causas psicogênicas envolvidas. Da mesma forma estariam envolvidos o desagrado com a relação sexual e o comprometimento afetivo do casal.

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