Fisioterapia Uroginecológica na disfunção sexual
A disfunção sexual é a alteração de uma das fases do ciclo da resposta sexual, que é dividida em desejo, excitação e orgasmo. Nas mulheres, as disfunções mais comuns são a inibição do desejo, a anorgasmia (ausência do orgasmo), a dispareunia (dor no momento da relação sexual) e o vaginismo (contração involuntária da vagina, que evita a penetração). Nos homens, os principais problemas são ejaculação precoce e disfunção erétil (incapacidade permanente de iniciar, manter e concluir o ato sexual de forma satisfatória, afetando a ereção). Além de ir ao médico e descobrir se a disfunção não está associada a outro problema orgânico, os especialistas orientam que se deve também procurar orientação psicológica.
Porém, um tratamento relativamente novo no Brasil chamado de fisioterapia uroginecológica surge como uma alternativa nesses casos e, segundo os profissionais, tem excelentes resultados. O tratamento já existe na Europa há mais de 20 anos. No Brasil, a fisiosexologia surgiu há pouco tempo. A fisioterapeuta com formação internacional em uroginecologia, Priscila Hermann, explica que o tratamento é feito com exercícios e aparelhos específicos que devolvem o controle da musculatura da região da pelve (que, segundo ela, são eficientes tanto para o homem quanto para a mulher). São exercícios que fortalecem e relaxam. Depende muito do caso, mas em geral, 15 sessões são suficientes para a recuperação do paciente. Geralmente os aparelhos e a postura já resolvem, diz a especialista. As sessões normalmente duram uma hora, uma vez por semana. Mesmo depois do tratamento os meus pacientes entram em contato e dizem que o resultado foi satisfatório, garante a fisioterapeuta.
É importante lembrar que o tratamento terá bons resultados caso a disfunção sexual não seja de origem psicológica. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, Priscila conta que os homens procuram muito mais a fisioterapia uroginecológica do que as mulheres. Em geral, o paciente que busca a profissional é muito tímido, pois acabou nem admitindo ao médico que tinha algum tipo de disfunção. Percebo que existe muita ansiedade neles. Mas isso só existe porque a parte física não está boa, comenta a especialista. Já as mulheres, diz a fisioterapeuta, demoram mais para admitir o problema, em qualquer situação. Percebo que muitas delas só buscam ajuda quando não têm mais alternativa, quando a relação com o parceiro já ficou desgastada por conta da disfunção sexual. Algumas vêm com o marido, diz Priscila. Outro dado interessante é que a fisioterapia uroginecológica também traz bons resultados para outros problemas, como dores na região anal e perineal, incontinência urinária e fecal, além de constipação intestinal.
Psicológico atrapalha ereção
Nos homens, a disfunção sexual mais comum é a disfunção erétil. Nesse caso, a ereção do homem é que fica prejudicada, e não a ejaculação. Como explica o médico urologista Fernando Lorenzini, as causas da disfunção erétil podem ser psicológicas, orgânicas ou a junção das duas. Não é regra, mas, no jovem, o mais comum é a disfunção erétil estar associada à questão psicológica. Já no idoso, o problema pode estar ligado ao diabetes e à arteriosclerose, explica o médico. Lorenzini afirma que pesquisas mais tradicionais indicam que na faixa etária entre os 40 e os 70 anos, 50% dos homens teriam o problema. Porém, explica ele, a forma completa, mais grave da disfunção erétil, só aparece em 10% dos homens.
Em qualquer caso é muito importante o acompanhamento médico. Segundo Lorenzini, há alguns tipos de tratamento para a disfunção erétil, como os medicamentos de via oral (que são paliativos, segundo o médico), injeções (as quais devem ser ministradas com bastante cautela porque podem piorar o problema) e, como última alternativa, a prótese peniana (que também deve ser muito bem estudada, pois pode causar infecções).
Mulher: falta de orgasmo é a disfunção sexual mais comum
Nas mulheres, as disfunções sexuais mais freqüentes são inibição do desejo, anorgasmia (ausência do orgasmo), dispareunia (dor na relação) e vaginismo (contração involuntária da vagina evitando o ato).
O ginecologista especializado na área de sexualidade humana, Fernando César de Oliveira Júnior diz que o mais freqüente é a anorgasmia. Ele explica que neste caso a mulher até sente desejo, mas não consegue chegar ao orgasmo. Em geral, diz ele, a causa é de origem psicológica. Depende muito da ansiedade da pessoa, que fica com dificuldade de se soltar. É importante que ela não fique se observando na hora da relação, tem que brincar, se soltar, orienta o médico. A repressão e o parceiro que não colabora podem ser causas ou até agravantes do problema. A fase das preliminares é muito importante. Às vezes a mulher demora mais para se excitar e também para ter o orgasmo. É um mito que os dois tenham que atingir o orgasmo juntos, diz o médico.
A dispareunia geralmente é mais fácil de tratar, diz o ginecologista, porque em geral é causado por algum problema orgânico, como corrimentos ou alterações uterinas. Neste caso, trata-se a doença e resolve-se o problema. Mas a disfunção também pode ser de origem psicológica. Já a inibição do desejo, segundo ele, é mais difícil de resolver. Geralmente os resultados são bons em conjunto com um terapeuta sexual. Ocorre que a pessoa que tem inibição do desejo vai fugindo cada vez mais do sexo, vai perdendo o encanto, às vezes acontece muito na menopausa, o que não é normal, pois o desejo sexual começa no útero e prossegue até a morte. E para as mulheres, para as quais não há remédios para isso, como o Viagra para os homens, alertou o especialista. Não dá para generalizar, mas alguns medicamentos podem causar a diminuição da libido também.
No caso da anorgasmia, um dos tipos de tratamento é o focossensorial, no qual a pessoa aprende a se tocar e conhecer o próprio corpo, deixando o toque mais erótico para o final. O médico recomenda que a fantasia nunca acabe quando o assunto é sexo. Já que é a cabeça que comanda tudo, os estímulos são importantes, como filmes ou leituras eróticas, roupas, enfim, aquilo que o casal achar melhor, explica. (MA)
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Porém, um tratamento relativamente novo no Brasil chamado de fisioterapia uroginecológica surge como uma alternativa nesses casos e, segundo os profissionais, tem excelentes resultados. O tratamento já existe na Europa há mais de 20 anos. No Brasil, a fisiosexologia surgiu há pouco tempo. A fisioterapeuta com formação internacional em uroginecologia, Priscila Hermann, explica que o tratamento é feito com exercícios e aparelhos específicos que devolvem o controle da musculatura da região da pelve (que, segundo ela, são eficientes tanto para o homem quanto para a mulher). São exercícios que fortalecem e relaxam. Depende muito do caso, mas em geral, 15 sessões são suficientes para a recuperação do paciente. Geralmente os aparelhos e a postura já resolvem, diz a especialista. As sessões normalmente duram uma hora, uma vez por semana. Mesmo depois do tratamento os meus pacientes entram em contato e dizem que o resultado foi satisfatório, garante a fisioterapeuta.
É importante lembrar que o tratamento terá bons resultados caso a disfunção sexual não seja de origem psicológica. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, Priscila conta que os homens procuram muito mais a fisioterapia uroginecológica do que as mulheres. Em geral, o paciente que busca a profissional é muito tímido, pois acabou nem admitindo ao médico que tinha algum tipo de disfunção. Percebo que existe muita ansiedade neles. Mas isso só existe porque a parte física não está boa, comenta a especialista. Já as mulheres, diz a fisioterapeuta, demoram mais para admitir o problema, em qualquer situação. Percebo que muitas delas só buscam ajuda quando não têm mais alternativa, quando a relação com o parceiro já ficou desgastada por conta da disfunção sexual. Algumas vêm com o marido, diz Priscila. Outro dado interessante é que a fisioterapia uroginecológica também traz bons resultados para outros problemas, como dores na região anal e perineal, incontinência urinária e fecal, além de constipação intestinal.
Psicológico atrapalha ereção
Nos homens, a disfunção sexual mais comum é a disfunção erétil. Nesse caso, a ereção do homem é que fica prejudicada, e não a ejaculação. Como explica o médico urologista Fernando Lorenzini, as causas da disfunção erétil podem ser psicológicas, orgânicas ou a junção das duas. Não é regra, mas, no jovem, o mais comum é a disfunção erétil estar associada à questão psicológica. Já no idoso, o problema pode estar ligado ao diabetes e à arteriosclerose, explica o médico. Lorenzini afirma que pesquisas mais tradicionais indicam que na faixa etária entre os 40 e os 70 anos, 50% dos homens teriam o problema. Porém, explica ele, a forma completa, mais grave da disfunção erétil, só aparece em 10% dos homens.
Em qualquer caso é muito importante o acompanhamento médico. Segundo Lorenzini, há alguns tipos de tratamento para a disfunção erétil, como os medicamentos de via oral (que são paliativos, segundo o médico), injeções (as quais devem ser ministradas com bastante cautela porque podem piorar o problema) e, como última alternativa, a prótese peniana (que também deve ser muito bem estudada, pois pode causar infecções).
Mulher: falta de orgasmo é a disfunção sexual mais comum
Nas mulheres, as disfunções sexuais mais freqüentes são inibição do desejo, anorgasmia (ausência do orgasmo), dispareunia (dor na relação) e vaginismo (contração involuntária da vagina evitando o ato).
O ginecologista especializado na área de sexualidade humana, Fernando César de Oliveira Júnior diz que o mais freqüente é a anorgasmia. Ele explica que neste caso a mulher até sente desejo, mas não consegue chegar ao orgasmo. Em geral, diz ele, a causa é de origem psicológica. Depende muito da ansiedade da pessoa, que fica com dificuldade de se soltar. É importante que ela não fique se observando na hora da relação, tem que brincar, se soltar, orienta o médico. A repressão e o parceiro que não colabora podem ser causas ou até agravantes do problema. A fase das preliminares é muito importante. Às vezes a mulher demora mais para se excitar e também para ter o orgasmo. É um mito que os dois tenham que atingir o orgasmo juntos, diz o médico.
A dispareunia geralmente é mais fácil de tratar, diz o ginecologista, porque em geral é causado por algum problema orgânico, como corrimentos ou alterações uterinas. Neste caso, trata-se a doença e resolve-se o problema. Mas a disfunção também pode ser de origem psicológica. Já a inibição do desejo, segundo ele, é mais difícil de resolver. Geralmente os resultados são bons em conjunto com um terapeuta sexual. Ocorre que a pessoa que tem inibição do desejo vai fugindo cada vez mais do sexo, vai perdendo o encanto, às vezes acontece muito na menopausa, o que não é normal, pois o desejo sexual começa no útero e prossegue até a morte. E para as mulheres, para as quais não há remédios para isso, como o Viagra para os homens, alertou o especialista. Não dá para generalizar, mas alguns medicamentos podem causar a diminuição da libido também.
No caso da anorgasmia, um dos tipos de tratamento é o focossensorial, no qual a pessoa aprende a se tocar e conhecer o próprio corpo, deixando o toque mais erótico para o final. O médico recomenda que a fantasia nunca acabe quando o assunto é sexo. Já que é a cabeça que comanda tudo, os estímulos são importantes, como filmes ou leituras eróticas, roupas, enfim, aquilo que o casal achar melhor, explica. (MA)
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