Incontinência urinária é tratada sem cirurgia








"Deixei de ir a festas, de dançar. Até ir ao cinema já é uma tortura, porque tenho medo de não conseguir segurar", comenta Sueli, 68, professora aposentada. Ela convive com um problema que afeta mais de 50% dos idosos e é tido como uma das principais causas de internação em asilos: as incontinências urinária e fecal. 

Um programa inédito do Hospital do Servidor Público Estadual-SP, que envolve ginecologista, urologista, proctologista e fisioterapeuta tem tratado mulheres incontinentes apenas com exercícios para fortalecer a musculatura do períneo. 

O princípio é o mesmo da musculação. São vários exercícios que trabalham os músculos internos da vagina ou do ânus. Envolvem o uso de pesinhos de diferentes cargas e eletroestimulação para ativar os mecanismos neuromusculares, explica a ginecologista Raquel Figueiredo. 

Estudos apontam que 60% dos casos de incontinência urinária com indicação cirúrgica poderiam ser tratados com exercícios. 

Mas, como qualquer outra musculatura do corpo, os exercícios para o períneo só funcionam se houver disciplina e persistência. "É para o resto da vida", alerta a fisioterapeuta Priscila Midori.
Muitas mulheres mal orientadas pensam que não há nada a fazer. "Só um terço busca ajuda", diz a proctologista Margareth Fernandes. 

Se a incontinência urinária se associa à fecal, o que ocorre em 16% do casos, o constrangimento aumenta. "Se a gente não pergunta, elas têm vergonha de contar." 



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