Exercícios de Kegel: Quando e Como Prescrever na Fisioterapia Pélvica
Se você é fisioterapeuta e já se pegou explicando para pacientes como “contrair e relaxar o assoalho pélvico sem apertar os glúteos”, bem-vindo ao clube! Os exercícios de Kegel são um verdadeiro clássico da fisioterapia pélvica, mas para tirar o máximo deles, é essencial saber o momento certo de prescrever e como adaptá-los à rotina dos pacientes. Afinal, nem todo mundo entende a importância de treinar músculos invisíveis. Vamos falar mais sobre isso?
O que são os Exercícios de Kegel?
Kegel é praticamente o “agachamento” do assoalho pélvico. O exercício consiste em contrair e relaxar a musculatura que sustenta a bexiga, útero e intestinos, como se você estivesse tentando interromper o fluxo de urina. Essa contração ajuda a fortalecer o assoalho pélvico, prevenindo problemas como incontinência urinária, disfunção sexual e prolapsos.
Embora simples, os exercícios exigem que o paciente entenda como acionar os músculos corretos. E sim, é comum que nas primeiras tentativas eles acabem apertando glúteos e abdômen junto, mas a gente já espera isso, né?
Quando Prescrever os Exercícios de Kegel?
Nem todo mundo precisa fazer Kegel o tempo todo! Aqui entra o olhar clínico do fisioterapeuta. A prescrição correta depende de avaliar a capacidade muscular, o nível de consciência corporal e o quadro clínico do paciente. Veja alguns momentos em que Kegel é uma boa pedida:
- Incontinência urinária: Kegel é uma excelente intervenção para incontinência leve a moderada. Ele melhora o controle do esfíncter urinário e aumenta a resistência da musculatura.
- Pós-parto: Ajuda na recuperação do tônus muscular e no reposicionamento dos órgãos internos após a gravidez.
- Prevenção de prolapsos: Kegel mantém a estrutura muscular firme e reduz o risco de prolapsos em mulheres na perimenopausa.
- Disfunção sexual: Tanto homens quanto mulheres podem melhorar a sensibilidade e função sexual com a prática regular.
Atenção! Kegel nem sempre é indicado para pacientes com hipertonia pélvica ou dor crônica. Nesse caso, o trabalho vai mais para o lado do relaxamento do que do fortalecimento.
Como Ensinar Kegel de Forma Eficaz?
Você já tentou explicar Kegel sem que o paciente fizesse aquela cara de “não entendi nada”? É um desafio, mas alguns exemplos facilitam o processo. Aqui estão algumas dicas práticas:
- Use analogias simples: “Imagine que você está segurando um xixi ou impedindo um pum de sair.” Essas metáforas ajudam a pessoa a identificar os músculos certos.
- Biofeedback: Quando possível, use aparelhos de biofeedback para que o paciente visualize a contração correta.
- Toalhinha na cadeira: Peça ao paciente para sentar em uma toalha dobrada e tentar contrair os músculos sem movimentar o corpo. Assim, ele percebe melhor o que deve ser ativado.
- Controle respiratório: Oriente a pessoa a não prender a respiração durante o exercício – é comum isso acontecer nas primeiras tentativas.
Estratégias para Aderência e Evolução
Agora que o paciente sabe o que é Kegel e como fazer, o próximo passo é garantir que ele faça os exercícios regularmente. Aí é que a coisa fica séria! Como sabemos, colocar um exercício invisível na rotina de alguém é complicado. Aqui estão algumas dicas:
- Desafios diários: Proponha pequenas metas, como “5 repetições antes de escovar os dentes”.
- Integração com outras atividades: Que tal Kegel durante o sinal vermelho no trânsito? (Só não deixe o paciente esquecer de prestar atenção na direção!).
- Apps de treino: Existem aplicativos específicos para monitorar a prática dos exercícios de Kegel. Eles enviam lembretes e até fazem jogos interativos com a contração dos músculos.
- Feedback positivo: Celebrar pequenos avanços, como não ter escapes de urina após algumas semanas de prática, mantém a motivação em alta.
Kegel para Homens: Uma Nova Perspectiva
Surpresa! Os homens também podem se beneficiar dos exercícios de Kegel. No caso deles, a prática ajuda na recuperação pós-cirurgia de próstata, além de melhorar a função erétil e o controle da ejaculação precoce. No entanto, muitos pacientes masculinos ficam relutantes no começo por acharem que Kegel é “coisa de mulher”.
Um truque é explicar que os músculos do assoalho pélvico são como qualquer outro músculo do corpo e precisam ser fortalecidos para evitar problemas no futuro. A abordagem direta e prática costuma funcionar melhor com esse público.
Conclusão: A Magia do Kegel está na Consistência
Os exercícios de Kegel são ferramentas poderosas, mas o segredo está em saber prescrever corretamente e garantir a aderência. Nem todo paciente precisa de Kegel, mas quando bem indicado e orientado, ele pode ser um divisor de águas na qualidade de vida.
Então, fisioterapeuta, agora é com você! Ajude seus pacientes a conectar mente e corpo, e eles vão agradecer por cada pequena vitória – desde um escape que não acontece até uma melhora significativa na função sexual.
Lembre-se: Kegel é simples, mas não é fácil. Por isso, tenha paciência, seja criativo e use todas as ferramentas disponíveis para que o seu paciente se sinta confiante e motivado. Afinal, na fisioterapia, o movimento é a cura – mesmo quando o movimento é invisível!
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