A polêmica da reposição hormonal na menopausa
A reposição hormonal tem gerado polêmicas e levantado inúmeras dúvidas na cabeça das mulheres porque, como em quase todos os casos de saúde, existem os defensores e aqueles que apontam o dedo acusando a reposição hormonal de ser uma das causas do câncer de mama e outros malefícios.
Para aumentar o receio de fazer a terapia, ainda existe outro fantasma que ronda o sexo feminino: o medo de engordar com os hormônios.
Para desfazer estas e outras dúvidas frequentes, o Saúde e bem-estar foi conversar com o ginecologista e mastologista Gerson Mourão, especialista no assunto. Confira a entrevista:
Saúde e bem-estar: Reposição hormonal, por que fazer?
Gerson Mourão: Após a menopausa ocorre uma queda brusca daquele hormônio que faz com que a mulher, a partir da primeira menstruação deixe de ter a aparência física idêntica à do homem e comece uma verdadeira metamorfose. É a fase em que crescem os seios e o bumbum, sua voz se modifica e fica mais sensual, sua pele mais viçosa, seu coração se abre e os olhos se voltam para ela. Esse hormônio se chama estrogênio. Serve também para evitar a osteoporose, o ressecamento da pele, da vagina e dos cabelos e é essencial à saúde da mulher.
Saúde: Tem que fazer?
GM: Em tese, todas as mulheres deveriam fazer. A mulher, em nossos dias, graças aos avanços em saúde pública, estão vivendo um terço de suas vidas na pós-menopausa e, portanto, na mais profunda carência hormonal, o que inevitavelmente altera a sua qualidade de vida. Daí porque o lema atual é dar vida aos anos e não simplesmente anos à vida. Nós médicos queremos que as mulheres vivam mais e sem as mazelas inevitáveis da velhice.
Saúde: Qual o momento certo para fazer reposição hormonal?
GM: Imediatamente após a parada da menstruação para continuar tendo níveis satisfatórios de hormônios, fator essencial à sua qualidade de vida. Se retardar o início da reposição, a mulher perderá parte desses efeitos.
Saúde: Qualquer mulher pode fazer a reposição hormonal?
GM: Nem todas. Existem algumas contra-indicações absolutas, por exemplo, quem já teve câncer de mama e endométrio ou trombose não deve fazer uso da reposição. Em outros casos as contra-indicações são relativas, sendo necessário um acompanhamento médico mais cauteloso, em casos de mulheres fumantes, com hipertensão, hepatite ou câncer de colo uterino.
Saúde: Uma vez iniciado o tratamento, ele é para o resto da vida?
GM: Sem dúvida, porque no momento em que suspender o tratamento, lentamente vai perdendo os efeitos benéficos. Como regra, ele deve ser iniciado logo após a menopausa e continuado pelo resto da vida.
Saúde: E se interromper o tratamento por alguma razão, haverá consequências?
GM: Se for por um curto período de tempo, por exemplo, dois meses, não haverá problemas.
Saúde: Qual a desvantagem mais óbvia para a mulher que optou por não fazer a reposição hormonal?
GM: Ao entrar na menopausa, os sintomas descritos classicamente, decorrentes da falta de hormônios são, a curto prazo, ondas de calor; ressecamento vaginal (causando dor e ferimentos nas relações sexuais) e cabelos secos. A médio prazo, ela pode ter perda de urina e a longo prazo aumenta a demência, possibilidades de infarto do coração e osteoporose.
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