Sintomas do trato urinário inferior
São indicadores subjetivos de doença ou de alterações percebidas pela paciente ou pelo seu parceiro, que pode levá-la a procurar ajuda profissional. Podem ser referidos voluntariamente ou em anamnese dirigida. Dividem-se em três grupos: sintomas de armazenamento, miccionais e pós miccionais.
1- Sintomas de armazenamento são aqueles experimentados durante a fase de enchimento vesical, e incluem:
· Frequência diária aumentada: é o termo usado para caracterizar a queixa de micções muito frequentes durante o dia, equivalente à polaciúria.
· Noctúria: deve ser utilizado para designar quando a paciente precisa acordar para urinar mais de uma vez durante a noite.
· Urgência: desejo súbito e incontrolável de urinar.
· Incontinência urinária: é qualquer perda involuntária de urina.
· Incontinência urinária de esforço: é a perda involuntária de urina associada ao esforço ou atividade física, como durante a tosse ou espirro.
· Urge-incontinência urinária: é a perda involuntária de urina acompanhada ou imediatamente precedida pela sensação de urgência (inclui desde pequenas perdas até uma perda que leve ao esvaziamento vesical completo).
· Incontinência urinária mista: é a perda involuntária de urina associada ao esforço e também com a sensação de urgência.
· Enurese: é qualquer perda involuntária de urina.
· Enurese noturna: é a perda de urina durante o sono.
· Incontinência urinária contínua: é a perda contínua de urina.
· Outros tipos de incontinência: são caracterizados de acordo com a situação em que ocorre a perda de urina, exemplo incontinência durante o coito ou incontinência durante o riso.
· Sensação vesical: é a maneira como a paciente percebe ou não o enchimento vesical, pode ser qualificada em cinco categorias.
2- Sintomas miccionais ocorrem, como o próprio nome sugere, durante a fase de micção:
· Jato urinário fraco: é o mesmo que fluxo reduzido, quando comparado com performances prévias. Pode ser referido, também, jato em spray.
· Jato urinário intermitente: é o termo usado para caracterizar quando o fluxo urinário é interrompido e reiniciado após um intervalo, involuntariamente, uma ou mais vezes durante a micção.
· Hesitância: descreve a dificuldade para iniciar a micção, resultando em retardo no início do fluxo.
· Esforço miccional: é o esforço abdominal utilizado para iniciar, manter ou melhorar o jato urinário.
· Gotejamento terminal: corresponde à duração prolongada da fase final da micção, com fluxo lento, em gotas.
3- Sintomas pós-miccionais são aqueles experimentados imediatamente após a micção, e incluem:
· Sensação de esvaziamento incompleto: termo auto-explicativo usado para descrever a sensação de persistência de urina na bexiga após a micção.
· Gotejamento pós-miccional: designa a perda involuntária de urina, geralmente em gotas, imediatamente após a micção.
4- Sintomas associados ao coito como dispareunia, ressecamento vaginal e incontinência são os mais comumente descritos, podendo ocorrer durante ou após o ato sexual. É importante caracterizar se a perda de urina se dá durante a penetração, no intercurso ou no orgasmo.
5- Sintomas associados à distopia genital incluem sensação de protuberância (algo que desce), dor lombar, sensação de peso, sensação de arrancamento e necessidade de reduzir com o dedo o prolapso para conseguir defecar ou urinar.
6- Dor genital e do trato urinário inferior: é importante caracterizar o tipo de dor, freqüência, duração, fatores precipitantes e fatores de alívio. Pode ser classificada de acordo com a localização:
· dor vesical: supra-púbica ou retropúbica, geralmente piora com o enchimento vesical e pode persistir mesmo após a micção.
· dor uretral
· dor vulvar: ao redor da genitália externa
· dor vaginal: interna, acima do intróito
· dor perineal: entre a fúrcula e o ânus
· dor pélvica: é menos definida, não sendo localizada em um único órgão, e não claramente relacionada com micção ou função intestinal.
7- Síndromes dolorosas genito-urinárias e sintomas sugestivos de síndrome de disfunção do trato urinário inferior:
Síndrome é o termo utilizado para definir um sintoma principal associado a outro ou mais sintomas, na impossibilidade de se fazer um diagnóstico preciso. Faz-se necessário também a exclusão de doenças de natureza infecciosa, neoplásica, metabólica ou hormonal que possam estar associadas aos sintomas descritos na síndrome.
· As Síndromes dolorosas genito-urinárias são todas de natureza crônica e têm em comum a dor como sintoma principal:
- Síndrome dolorosa vesical: tem como sintoma principal a dor supra-púbica relacionada ao enchimento vesical. Outros sintomas que podem estar relacionados são aumento da freqüência urinária diurna ou noturna. Deve-se descartar infecção urinária e outras doenças do trato urinário.
- Síndrome dolorosa uretral: define a associação de dor na uretra, recorrente, geralmente, durante a micção, noctúria e aumento da freqüência urinária diurna, na ausência de infecção urinária ou outra doença.
- Síndrome dolorosa vulvar: dor vulvar associada a sintomas de disfunção do trato urinário inferior ou disfunção sexual, excluída infecção vaginal ou doença neoplásica, metabólica ou hormonal.
- Síndrome dolorosa vaginal: dor vaginal relacionada à disfunção sexual ou do trato urinário inferior afastadas outras condições óbvias.
- Síndrome dolorosa perineal: dor perineal ligada ao ciclo da micção ou associada à disfunção sexual ou do trato urinário inferior, excluídas as causas óbvias.
- Síndrome dolorosa pélvica: dor pélvica relacionada a sintomas sugestivos de disfunção do trato urinário inferior, sexual, intestinal ou ginecológica, na ausência de doença infecciosa, neoplásica, hormonal ou metabólica.
· Sintomas sugestivos de síndrome de disfunção do trato urinário inferior:
- Urgência: associada ou não à urge-incontinência, geralmente acompanhada de freqüência e noctúria pode ser descrita como síndrome de bexiga hiperativa, síndrome de urgência ou síndrome urgência – freqüência. A combinação desses sintomas é sugestiva de hiperatividade do detrusor demonstrada pelo estudo urodinâmico, mas a causa pode ser outra forma de disfunção uretro-vesical.
- Sintomas do trato urinário inferior sugestivos de obstrução vesical são predominantemente sintomas miccionais (jato fraco, hesitância, esforço miccional, gotejamento terminal), mas também podem ser irritativos (urgência, urge – incontinência, noctúria, freqüência, sensação de esvaziamento incompleto).
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1- Sintomas de armazenamento são aqueles experimentados durante a fase de enchimento vesical, e incluem:
· Frequência diária aumentada: é o termo usado para caracterizar a queixa de micções muito frequentes durante o dia, equivalente à polaciúria.
· Noctúria: deve ser utilizado para designar quando a paciente precisa acordar para urinar mais de uma vez durante a noite.
· Urgência: desejo súbito e incontrolável de urinar.
· Incontinência urinária: é qualquer perda involuntária de urina.
· Incontinência urinária de esforço: é a perda involuntária de urina associada ao esforço ou atividade física, como durante a tosse ou espirro.
· Urge-incontinência urinária: é a perda involuntária de urina acompanhada ou imediatamente precedida pela sensação de urgência (inclui desde pequenas perdas até uma perda que leve ao esvaziamento vesical completo).
· Incontinência urinária mista: é a perda involuntária de urina associada ao esforço e também com a sensação de urgência.
· Enurese: é qualquer perda involuntária de urina.
· Enurese noturna: é a perda de urina durante o sono.
· Incontinência urinária contínua: é a perda contínua de urina.
· Outros tipos de incontinência: são caracterizados de acordo com a situação em que ocorre a perda de urina, exemplo incontinência durante o coito ou incontinência durante o riso.
· Sensação vesical: é a maneira como a paciente percebe ou não o enchimento vesical, pode ser qualificada em cinco categorias.
a. Normal: a paciente é capaz de perceber o enchimento vesical e esta sensação aumenta à medida que o desejo miccional torna-se mais forte.
b. Aumentada: a paciente sente desejo precoce e persistente de urinar.
c. Reduzida: a paciente é capaz de perceber o enchimento vesical, mas não sente desejo de urinar.
d. Ausente: a paciente não percebe o enchimento, nem sente desejo miccional.
e. Inespecífica: a paciente não refere sensação vesical específica, mas pode relatar plenitude abdominal, sintomas vegetativos ou espasticidade.
b. Aumentada: a paciente sente desejo precoce e persistente de urinar.
c. Reduzida: a paciente é capaz de perceber o enchimento vesical, mas não sente desejo de urinar.
d. Ausente: a paciente não percebe o enchimento, nem sente desejo miccional.
e. Inespecífica: a paciente não refere sensação vesical específica, mas pode relatar plenitude abdominal, sintomas vegetativos ou espasticidade.
2- Sintomas miccionais ocorrem, como o próprio nome sugere, durante a fase de micção:
· Jato urinário fraco: é o mesmo que fluxo reduzido, quando comparado com performances prévias. Pode ser referido, também, jato em spray.
· Jato urinário intermitente: é o termo usado para caracterizar quando o fluxo urinário é interrompido e reiniciado após um intervalo, involuntariamente, uma ou mais vezes durante a micção.
· Hesitância: descreve a dificuldade para iniciar a micção, resultando em retardo no início do fluxo.
· Esforço miccional: é o esforço abdominal utilizado para iniciar, manter ou melhorar o jato urinário.
· Gotejamento terminal: corresponde à duração prolongada da fase final da micção, com fluxo lento, em gotas.
3- Sintomas pós-miccionais são aqueles experimentados imediatamente após a micção, e incluem:
· Sensação de esvaziamento incompleto: termo auto-explicativo usado para descrever a sensação de persistência de urina na bexiga após a micção.
· Gotejamento pós-miccional: designa a perda involuntária de urina, geralmente em gotas, imediatamente após a micção.
4- Sintomas associados ao coito como dispareunia, ressecamento vaginal e incontinência são os mais comumente descritos, podendo ocorrer durante ou após o ato sexual. É importante caracterizar se a perda de urina se dá durante a penetração, no intercurso ou no orgasmo.
5- Sintomas associados à distopia genital incluem sensação de protuberância (algo que desce), dor lombar, sensação de peso, sensação de arrancamento e necessidade de reduzir com o dedo o prolapso para conseguir defecar ou urinar.
6- Dor genital e do trato urinário inferior: é importante caracterizar o tipo de dor, freqüência, duração, fatores precipitantes e fatores de alívio. Pode ser classificada de acordo com a localização:
· dor vesical: supra-púbica ou retropúbica, geralmente piora com o enchimento vesical e pode persistir mesmo após a micção.
· dor uretral
· dor vulvar: ao redor da genitália externa
· dor vaginal: interna, acima do intróito
· dor perineal: entre a fúrcula e o ânus
· dor pélvica: é menos definida, não sendo localizada em um único órgão, e não claramente relacionada com micção ou função intestinal.
7- Síndromes dolorosas genito-urinárias e sintomas sugestivos de síndrome de disfunção do trato urinário inferior:
Síndrome é o termo utilizado para definir um sintoma principal associado a outro ou mais sintomas, na impossibilidade de se fazer um diagnóstico preciso. Faz-se necessário também a exclusão de doenças de natureza infecciosa, neoplásica, metabólica ou hormonal que possam estar associadas aos sintomas descritos na síndrome.
· As Síndromes dolorosas genito-urinárias são todas de natureza crônica e têm em comum a dor como sintoma principal:
- Síndrome dolorosa vesical: tem como sintoma principal a dor supra-púbica relacionada ao enchimento vesical. Outros sintomas que podem estar relacionados são aumento da freqüência urinária diurna ou noturna. Deve-se descartar infecção urinária e outras doenças do trato urinário.
- Síndrome dolorosa uretral: define a associação de dor na uretra, recorrente, geralmente, durante a micção, noctúria e aumento da freqüência urinária diurna, na ausência de infecção urinária ou outra doença.
- Síndrome dolorosa vulvar: dor vulvar associada a sintomas de disfunção do trato urinário inferior ou disfunção sexual, excluída infecção vaginal ou doença neoplásica, metabólica ou hormonal.
- Síndrome dolorosa vaginal: dor vaginal relacionada à disfunção sexual ou do trato urinário inferior afastadas outras condições óbvias.
- Síndrome dolorosa perineal: dor perineal ligada ao ciclo da micção ou associada à disfunção sexual ou do trato urinário inferior, excluídas as causas óbvias.
- Síndrome dolorosa pélvica: dor pélvica relacionada a sintomas sugestivos de disfunção do trato urinário inferior, sexual, intestinal ou ginecológica, na ausência de doença infecciosa, neoplásica, hormonal ou metabólica.
· Sintomas sugestivos de síndrome de disfunção do trato urinário inferior:
- Urgência: associada ou não à urge-incontinência, geralmente acompanhada de freqüência e noctúria pode ser descrita como síndrome de bexiga hiperativa, síndrome de urgência ou síndrome urgência – freqüência. A combinação desses sintomas é sugestiva de hiperatividade do detrusor demonstrada pelo estudo urodinâmico, mas a causa pode ser outra forma de disfunção uretro-vesical.
- Sintomas do trato urinário inferior sugestivos de obstrução vesical são predominantemente sintomas miccionais (jato fraco, hesitância, esforço miccional, gotejamento terminal), mas também podem ser irritativos (urgência, urge – incontinência, noctúria, freqüência, sensação de esvaziamento incompleto).
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