Revisão da anatomia feminina








A pelve compõe a parte inferior do tronco e é constituída por um anel ósseo, formado pelos ossos do quadril (ísquio, ílio e púbis), sacro e cóccix, protegendo os órgãos do sistema reprodutor, urinário e a porção final do canal alimentar [6].

Porém a proteção de tais órgãos não é o único papel da pelve, ela serve também de suporte do tronco e atua no mecanismo de transferência do peso corporal para os membros inferiores durante a marcha e aos ísquios ao sentar [17].
É importante lembrar que não são apenas os ossos da pelve quem sustentam os órgãos pélvicos, e sim, principalmente os músculos do assoalho pélvico auxiliado por ligamentos [3].

Os ligamentos ileolombares, sacroilíacos anterior e posterior, sacrotuberoso e sacroespinho são os que garantem a estabilidade estática da pelve. Já a musculatura do assolho pélvico é constituída por uma musculatura de suporte aos órgãos pélvicos (elevador do ânus e coccígeo), os que fazem parte da porção profunda (pubococcígeo, puborretal, íleococcígeo, isquiococcígeo, transverso profundo do períneo e esfíncter da uretra).A porção superficial, é constituída pelos músculos isquiocavernoso, responsáveis pela ereção do clitóris; transverso superficial do períneo,tem a funçao de fixar o centro tendíneo; bulboesponjoso, auxiliam na ereção do clitóris e sendo constritor da vagina e esfíncter do ânus realiza sua contração voluntária. [3].

É relevante a importância do conhecimento da musculatura da parede abdominal, visto que a pelve é mentida pela ação equilibrada dos mesmos, são eles o reto-abdominal, oblíquo externo do abdome, oblíquo interno do abdome, transverso do abdome e quadrado lombar. Tais músculos têm suas origens ou inserções na pelve, e quando esse grupo encontrasse enfraquecido, a pelve inclina-se para frente, e os conteúdos abdominais e pélvicos pressionam com seu peso total a parede do abdome, que conseqüentemente irá se estirar[3].

O sistema urinário

O sistema urinário compreende os órgão pela formação da urina é composto pelos rins, por dois canais urinários que conduzem a urina até a bexiga (ureteres), e pela uretra que transporta a urina para o meio externo [6].
O rim é um órgão par, abdominal, situado lateralmente à coluna vertebral e sua atividade resulta em decomposição de proteínas, lipídeos e carboidratos que devem ser eliminados para o meio externo [6].
O ureter é descrito como um tubo muscular, par, que conecta o rim à bexiga, brotando da pelve renal, com sua porção superior dilatada e desembocando no óstio ureteral da bexiga, distinguindo-se em duas partes, ureter abdominal e pélvico. Conduz a urina não apenas pela ação da gravidade, como também é capaz de se contrair e realizar movimentos peristálticos [6].

No ureter, as fibras musculares são dispostas em espiral, a partir da porção inferior surge uma outra camada mais externa, longitudinal, permitindo com essa disposição das fibras musculares, o deslocamento contínuo da urina em direção à bexiga [14].

A bexiga é um órgão oco, músculo-membranoso, que apresenta função de armazenamento e evacuação da urina. A bexiga se abriga acima do assoalho pélvico, posterior à sínfise púbica e anterior ao útero e a vagina [14], [6].
A túnica muscular da bexiga tem disposição complexa, descrevendo um músculo esfíncter da bexiga que corresponde ao óstio interno da uretra. Este músculo, como toda a camada muscular da bexiga, está envolvido no fenômeno da micção [6].
A uretra compõe o segmento final das vias urinárias, se estende a partir do colo vesical, atravessando o diafragma pélvico e urogenital, desemboca na parte superior da vulva, no óstio externo da uretra. Apresenta um trajeto oblíquo de cima para baixo e no sentido posterior para anterior, seguindo paralelamente a vagina. Na mulher, possui um comprimento médio de 35mm, mas há diferenças acentuadas, além disso, 8 mm de diâmetro, sendo muito extensível [14]. A contração do esfíncter uretral é obtida pela conexão entre a musculatura lisa e estriada, enquanto o tônus uretral resulta de fatores como: a camada de tecido esponjoso que transmite as pressões, complacência, elasticidade, vascularização, musculatura lisa e estriada, e pela transmissão da pressão abdominal [14].

Inervação

As sensações como temperatura, tato e dor são percebidas por terminações nervosas não-especializadas, no nível das camadas submucosas e mucosas vesicais; já as sensações proprioceptivas nascem de terminações nervosas encontradas em fibras de colágeno na parede vesical, estimuláveis por distensão ou contrações do detrusor, sendo responsáveis pela sensação de plenitude vesical, tais sensações são conduzidas, principalmente, pelo trato espinotalâmico, e no nível cortical as áreas correlacionadas são a supramedial dos lobos frontais e o giro do corpo caloso. Os estímulos aferentes partem da formação reticular do tronco cerebral, passando pelos tratos posteriores e laterais da medula, atingindo o centro sacral da micção, que quando estimulado, leva à contração do dretusor; fibras, principalmente, parassimpáticas partem em direção à musculatura lisa do detrusor e são responsáveis por sua contração [2].
A função víscero-sensitiva é essencial, ela é responsável pela percepção da necessidade de urinar, e está é uma condição necessária a continência. A coordenação das funções vesicoesfincterianas recebe dupla inervação: vegetativa (simpática e parassimpática) e somática. A via parassimpática assegura a evacuação vesical, enquanto a simpática é responsável pelo sistema de enchimento vesical. O sistema somático é expresso através do nervo pudendo interno, que inerva toda a musculatura estriada do assoalho pélvico [12].

Fonte



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