Disfunções do trato urinário inferior







1- Medidas de freqüência, gravidade e impacto dos sintomas do trato urinário inferior:

O registro dos eventos micçionais pode ser feito de três maneiras:

· Tabela miccional: registra o número de micções, diurnas e noturnas, por um período de pelo menos 24h.

· Tabela de volume e freqüência: registra o volume e o tempo de cada micção, diurna e noturna, por no mínimo 24h.

· Diário vesical: registra o número de micções, seu volume, episódios de incontinência, uso de absorventes, ingesta de fluidos, grau de urgência e de incontinência.

As seguintes medidas podem ser obtidas nas tabelas de volume e frequência e no diário vesical:

· Freqüência diurna: é o número de micções durante o período em que a paciente está acordada, e inclui a última micção antes de dormir.

· Noctúria: número de micções durante o período de sono noturno. Cada micção deve ser precedida e seguida por um período de sono.

· Freqüência de 24h: é a freqüência diurna somada ao número de episódios de noctúria durante um período de 24 horas.

· Produção de 24h: é o volume total urinado em 24h. Geralmente inicia-se após a primeira micção e termina incluindo a primeira micção da manhã seguinte.

· Poliúria: é quando o volume urinado é superior a 2,8 litros em 24h (em adultos).

· Volume urinário noturno: é o volume urinado após o sono e ao levantar com intenção de urinar, portanto exclui a última micção antes de dormir, mas inclui a primeira micção ao levantar.

· Poliúria noturna: está presente quando uma proporção maior do volume urinado em 24 horas ocorre no período noturno (superior a 20% em adultos jovens e 33% em maiores de 65 anos).

· Volume máximo urinado: é o maior volume urinado durante uma micção, registrado em uma tabela de volume e freqüência ou diário vesical.

2- O exame físico é essencial no manejo do paciente com disfunção do trato urinário inferior e deve incluir todos os passos do exame convencional, exame ginecológico e exame neurológico. Alguns sinais podem ser observados durante o exame físico:

· Exame abdominal: a bexiga pode ser percebida durante a palpação abdominal ou percussão supra-púbica

· Inspeção genital/perineal: permite a descrição das características da pele, alterações anatômicas e observação de incontinência.

- Incontinência urinária (sinal): é a perda de urina observada ao exame, podendo ser uretral ou extra – uretral.

- Incontinência urinária de esforço (sinal): é a percepção, ao exame, da perda de urina através da uretra sincrônica a uma manobra de esforço (espirro, tosse, Valsalva).

- Incontinência extra – uretral: é a observação de perda de urina por outro canal que não seja a uretra.

- Incontinência não categorizada: é a perda de urina verificada durante o exame, que não pode ser classificada em nenhuma das categorias prévias.

· Exame vaginal: permite a descrição de alterações anatômicas e avaliação da função dos músculos do assoalho pélvico.

- Prolapso de órgãos pélvicos: é a descida de uma ou mais das estruturas descritas abaixo.

- Prolapso da parede vaginal anterior: é a descida da parede vaginal anterior.

- Prolapso do segmento apical da vagina (colo uterino ou cúpula vaginal): é a queda do colo uterino ou cúpula vaginal.

- Prolapso da parede vaginal posterior: é a descida de qualquer ponto da parede vaginal posterior.

· Função da musculatura do assoalho pélvico: pode ser avaliada pela inspeção visual, palpação, eletromiografia ou perineometria. Os fatores a serem avaliados incluem força, duração da contração, amplitude e reprodutibilidade. No exame de toque em repouso e/ou durante contração voluntária pode ser classificada em forte, fraca ou ausente.

· Exame retal: permite a avaliação da função da musculatura do assoalho pélvico em crianças e homens.

3- Pad teste: utilizado para quantificar a perda de urina nos episódios de incontinência. Os métodos variam do teste provocativo curto até o teste de 24h.

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